sábado, 29 de outubro de 2011

The wanderer of bits and bytes

I went to New York on Friday and it happened not only all of a sudden but also immediately. Following the example of Proust, I didn´t even need to leave my bedroom to be at the brand new Cooper Union auditorium accompanied by an immensely qualified audience. The difference between us was that I could stand up and go to the toilet anytime.  They would even follow me if I wish, and the lecture wouldn´t stop unless I commanded it.
The information was all there, in my place. Due to the three things that, according to Thomas Friedman, are responsible for a change in the world in a transition from the 20th to the 21st centuries: the personal computer, the internet and the consequent new ways of doing things. And it was definitely a new way of attending a seminar. I didn´t take notes; I knew that, although it was a live transmission, very soon it would be available on You Tube to be seen as many times as necessary not to miss a word. I had coffee, I googled the names and books they mentioned, everything without feeling constrained or uncomfortable.
The seminar was on philosophy and politics and I didn´t feel sorry about the ideas I couldn´t understand. First and foremost I hadn´t put a penny in it and after all I could improve my knowledge on the subject and awaken myself to its importance. It´s actually something very connected to what interests me at the moment, and considering that the event´s main organizer is one of my preferred authors, Slavoj Zizek, I felt myself at home; literally.
Danell Standing is well known as the main character of The star rover – title that, in Portuguese, led to an idea similar to The wanderer of the stars, in which he describes the experiences of being out of his body through hypnosis.  I, on the contrary, was very conscious. Through the mentioned words of Hegel, Marx, Kant, Heidegger, and others, I could catch a glimpse of one of the understandings we have to accomplish to be able to live in our times: we are eventually wanderers of bits and bytes, without which nothing is barely possible anymore. But with which our physical limits have vanished. 

domingo, 27 de março de 2011

Melhor greve

A ideologia da greve como a conhecemos existe desde o governo de Ramsés III, ou seja, há mais de três mil anos. No ano 2000, em Paris, surpreendi-me com a eficácia dos funcionários do Museu do Louvre que, em plena greve, mantinham o museu funcionando perfeitamente, porém com entrada gratuita. O processo era rápido e, para a tristeza dos turistas, resolvia-se em questão de horas.


Recentemente os professores da rede privada entraram em greve em Belo Horizonte. A forma antiquada me incomodou. Exigir a mudança de uma situação não mudando a forma de exigi-lo é quase pedir para não ser atendido. Dessa maneira, não ganham a anuência dos pais e ainda provocam um caos no cotidiano de quem não tem com quem deixar os filhos quando deveriam estar na escola.


Tenho defendido a idéia de que, para protestarmos contra algo, não temos que sair do lugar onde trabalhamos, pensamos, vivemos, enfim, da situação contra a qual queremos protestar. É de dentro das estruturas que surgem as rachaduras. Não se trata mais de ir às ruas com panfletos e faixas. Se os professores, em estado de greve, fomentassem a comunicação e a criação de novos conhecimentos a partir do diálogo, estariam atingindo muito mais a sociedade - e a possibilidade de tornar-se mais livre - do que lançando os jovens à própria sorte no horário extra que ganharam para ficar à toa.


Se suas reivindicações são sinceras e querem mesmo a melhoria do ensino, não deveriam sair da sala de aula mas, sim, sair da caixa e propor uma maneira mais atual e eficiente de quebrar as pernas do sistema. A meu ver, não há outro modo a não ser tornando os alunos conscientes da capacidade que têm de se reunir e criar novas soluções para os velhos problemas ou, pelo menos, novas formas de ver os velhos problemas. Perderem o medo de se manifestar e de compartilhar idéias construtivas já seria um primeiro passo.

sábado, 19 de março de 2011

Lua perigeu


Pena que a imagem não mostra como deveria. Aliás, as imagens nunca mostram tudo, mesmo. Esta noite podemos nos comunicar com os amigos através de nosso satélite natural, que está 14% mais perto da terra e 30% mais luminosa. Já fiz contato com meu irmão, que está na beira da praia no maior calor, enquanto estou aqui toda encapotada e tomando vinho para amenizar o frio. Delicia !!! Fiz muita propaganda e ela se envergonhou escondendo-se atrás de uma nuvem gigante, mas sua luz ainda deixa tudo mais claro que sempre. Apareceu outra vez! Uma dica para aproveitarmos cada segundo da vida. Segundo Alberti, arquiteto da Renascença, temos o corpo, a alma e o tempo. Cuidar dos tres e nao desperdiçá-los é o mínimo que temos a fazer.